A arbitragem tem causado polêmica nas últimas rodadas do Brasileirão, e agora chegou a vez de o Corinthians reclamar. Após empatar por 1 a 1 com o Vitória, domingo, no Estádio Barradão, em Salvador, num resultado que tirou o clube da liderança do campeonato - foi ultrapassado pelo Fluminense -, a direção corintiana ficou insatisfeita com a atuação do árbitro Carlos Eugênio Simon.
Para o diretor de futebol do Corinthians, Mário Gobbi, o pênalti marcado a favor do Vitória - e convertido pelo goleiro Viáfara - não aconteceu. "Se a bola bate na mão do jogador dentro da área, como aconteceu com o Ralf, isso não pode ser considerado pênalti. Para marcar a falta, teria que ter a intenção, a vontade, o dolo de colocar a mão para interceptar a bola", protestou o dirigente.
Mário Gobbi afirmou ainda que é "medíocre" dizer que este tipo de lance depende da interpretação do árbitro. "Assim até eu quero ser árbitro, se está na minha cabeça o poder de achar o que é ou não falta", reclamou.
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De acordo com o dirigente corintiano, os árbitros estão entrando muito pressionados nos jogos da equipe. "Falaram que teria um esquema para o Corinthians ser campeão, porque é ano de centenário. Claro que isso influencia a arbitragem do próximo jogo, isso pesa. Árbitro que vai apitar jogo com esta pressão pensa que pode errar contra o Corinthians, mas nunca a favor. Ele acredita que se por acaso favorecer o Corinthians, vão dizer que está fazendo algo para o time ser campeão. E esta conduta claramente norteou o árbitro no Barradão", avaliou Mário Gobbi.
Durante entrevista coletiva nesta terça-feira, Mário Gobbi ressaltou que não gosta de falar de arbitragem, mas disse que tudo tem um limite. "Se o negócio é montar um picadeiro, eu sei ser palhaço. Tem uma hora que você tem que dizer algo, não pode ficar quieto", avisou o dirigente. "A verdade é que se faz um carnaval quando o Corinthians é beneficiado, e quando é prejudicado não parece nada demais. E nós temos que pagar este mico preto aqui."
O técnico Tite concordou com o dirigente e falou que, "em condições normais", não seria marcado o pênalti a favor do Vitória no jogo de domingo. "Só que, a partir de agora, não quero falar mais nada. Minha contribuição para evitar esta grande pressão sobre a arbitragem é não comentar mais o assunto", explicou o treinador.