A nova lista de convocados do técnico Dunga trouxe apenas duas novidades em relação àquela para os amistosos da seleção brasileira contra Colômbia e Equador. Os laterais Mário Fernandes, do CSKA Moscou, e Dodô, da Inter de Milão, foram chamados para as vagas de Maicon e Alex Sandro - o primeiro foi cortado por indisciplina após o primeiro jogo, enquanto o segundo ficou de fora por lesão.
Na avaliação do técnico, os novos convocados têm características diferentes. Enquanto Mario Fernandes é mais marcador, Dodô seria uma opção mais ofensiva. O lateral do CSKA já havia sido convocado para a seleção em setembro de 2011, na época em que Mano Menezes era o técnico. Mas, na ocasião, ele acabou pedindo dispensa alegando "estar focado no Grêmio", clube que defendia. Curiosamente, o Brasil também enfrentaria a Argentina pelo "Superclássico das Américas".
Nesta quarta-feira, Dunga comentou o episódio. "Ele era muito jovem. Só que todos nós temos uma segunda oportunidade. Não podemos crucificar ninguém. Imagina se pelos teus erros nós vamos te crucificar, ou pelos meus erros do passado. Todo mundo tem sua segunda oportunidade, principalmente jogadores, que saem de casa muitos novos", disse.
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De acordo com o treinador, Mário Fernandes está mais maduro. "Ele já está há mais de três anos no futebol russo, difícil, neve, frio, e tem o comportamento ideal. Começou como zagueiro, depois foi passado para a lateral direita. Tem uma boa marcação, apoia muito bem, com segurança. Mas é um jogador que sabe jogar como 'lateral lateral', marca e depois apoia", apontou.
Sobre Dodô, Dunga foi mais sucinto. "Ele saiu muito cedo, foi para a Roma, agora está na Inter de Milão. É um lateral com características mais ofensivas, um jogador que sabe subir bem ao ataque e também passou pelas categorias de base da seleção brasileira", comentou o técnico.
Antes da divulgação da convocação, o coordenador geral de seleções, Gilmar Rinaldi, revelou que o ex-ponta esquerda do Santos Edu, campeão do mundo pela seleção em 1970, será o assistente-técnico pontual para os amistosos contra Argentina e Japão. Gilmar também disse que a seleção passará a ter um "mobilizador de grupo". Será Evandro Motta, que trabalhou com a seleção em 1994 e 1998 e realiza trabalho no Benfica, de Portugal.