A convocação do zagueiro Felipe para a vaga do suspenso David Luiz foi mais um exemplo da formação de sólidos sistemas defensivos do Corinthians que acabam levando os defensores à seleção brasileira. Antes de Felipe, a história já havia se repetido com Leandro Castán e Gil.
"A participação de Tite na evolução do meu futebol é total, 100%. Estou colocando em prática o que ele me falou", afirmou Felipe, que se apresentou à seleção brasileira no domingo para o confronto diante do Paraguai pelas Eliminatórias da Copa do Mundo de 2018.
Felipe chegou ao Corinthians em baixa em 2012, foi criticado pela torcida após algumas fracas atuações e teve poucas oportunidades até o início do ano passado. O zagueiro foi bancado em 2015 por Tite, que vetou sua transferência para o Flamengo, quando atuava pouco. Havia dúvidas de que poderia se firmar na vaga de Anderson Martins, que retornara ao Catar.
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Felipe se firmou ao lado de Gil e mostrou também competência ofensiva, como na vitória sobre o Ituano, neste sábado, quando fez o gol de cabeça. "Minha carreira seria completamente diferente se o Guarani de Veranópolis não tivesse me bancado lá atrás", exemplificou o treinador corintiano.
Fato semelhante aconteceu com Gil, hoje na China. Depois de conseguir destaque no Cruzeiro, Gil foi jogar no modesto Valenciennes, da França. Em 2013, ano de sua contratação, passou a ser um dos principais jogadores da posição no País. Foi convocado pela primeira vez no ano seguinte.
Em 2012, o desempenho da defesa também justificou a convocação de um zagueiro treinado por Tite. Depois que o Corinthians foi campeão invicto da Libertadores, levando apenas quatro gols em 14 jogos, Leandro Castán foi convocado por Mano Menezes, então treinador da seleção.