O atacante brasileiro Hulk voltou a criticar o racismo no futebol russo neste fim de semana. O jogador revelou que foi ofendido por torcedores do Spartak Moscou no empate por 2 a 2 com o seu time, o Zenit St. Petersburg - ele marcou o primeiro gol da equipe, fora de casa.
"Infelizmente, a mesma situação continua acontecendo: racismo nas arquibancadas", criticou o brasileiro, que apenas jogou beijos para a torcida rival ao fim da partida, válida pelo Campeonato Russo.
"Eu não vou reagir. Já falei bastante sobre este assunto. É por isso que continuo mandando beijos e respondendo a eles com o meu futebol dentro de campo. Não vale a pena discutir estas coisas", disse Hulk.
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De acordo com o Comitê Disciplinar da Federação Russa de Futebol, as ofensas racistas não foram registradas na súmula da partida. Na temporada passada, o Spartak e o Torpedo Moscou sofreram punições por causa de atitudes racistas de suas torcidas contra Hulk. Desde então, o brasileiro tornou os "beijinhos" a sua marca contra ofensas racistas.
Em julho, Hulk chamou a atenção da mídia internacional ao afirmar que o comportamento racista dos torcedores russos estavam presentes em "praticamente todas as partidas". Poucos dias depois de denunciar o racismo no futebol russo, ele foi retirado do sorteio das Eliminatórias da Copa do Mundo de 2018, realizado no dia 25 de julho.
Em outro caso, o brasileiro denunciou o árbitro Alexei Matyunin por supostas ofensas racistas contra si mesmo durante uma partida do campeonato, em dezembro do ano passado. O juiz foi julgado, mas acabou sendo inocentado por falta de provas.