No domingo passado a crônica esportiva paranaense e brasileira fez questão de informar o País que o Malutrom não passa de coadjuvante na Copa João Havelange e que o Cruzeiro pode comemorar a classificação às quartas de final antecipadamente. Os atletas do caçulinha do futebol paranaense não pensam da mesma maneira e acreditam que podedar zebra azul e branca na próxima fase.
A conquista do título do Módulo Branco/Verde aumentou a auto-confiança do elenco, que começou desacreditado na competição com derrotas para o Ettí-Jundiaí por 4 a 0 e União Bandeirantes, 2 a 1. A partida de quinta-feira, às 20h30, no Estádio Durival de Britto e Silva está sendo encarda como o segundo jogo da vida do plantel. "O primeiro foi contra o Uberlândia, aogra o segundo vai ser contra o Cruzeiro. Acho que temos chances de vencer nosso adversário. No início da João Havelange ninguém acreditava que o Malutrom iria ser campeão do Módulo Branco/Verde. Todo mundo falava que o Etti era o bicho papão", disse o lateral-direito Adriano, que disputou a Copa Libertadores de 97 e o Campeonato Brasileiro pela equipe mineira.
Apesar de ter atuado pelo Cruzeiro, Adriano não encara a partida como uma vingança pessoal por ter sido dispensado pelo técnico Nelsinho Baptista. "Nada de vingança. Pretendo apenas mostrar que tenho condições de jogar em qualquer grande equipe do Brasil. Espero que contra o Cruzeiro minhas qualidades apareçam ainda mais. Nossa torcida pode acreditar: vamos dar o sangue, afinal é outra final".
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O jogo contra os Cruzeiro também vai ter um clima de saudosismo para o lateral do Malutron. Adriano vai enfrentar os ex-companheiros Marcos Paulo, Giovanni, Ricardinho, Alonzo, que fez o gol contra o Coritiba no domingo passado, e Marcelo. "Conversei com meus companheiros do clima que é enfrentar o Cruzeiro e dei uma receita: precisamos ficar calmos e atentos durante os 90 minutos para superá-lo já no primeiro jogo".
O centroavante Calmon, uma das armas do técnico Amaury Knevitz na última fase, reconheceu as qualidades dos jogadores cruzeirenses, mas fez questão de lembrá-los. "A partida se ganha em campo e não na conversa. Por isso acho que vamos ter o respeito deles. Você sabe: futebol não é uma ciência exata e é muito difícil prever qualquer coisa com antecedência. Já vencemos muitas equipes boas e espero colocar a Raposa no rol dos perdedores".
Pegada, garra, determinação, superação e humildade, são algumas das armas dos paranaenses para vencerem os mineiros. "Temos que ficar ligados durante os 180 minutos. Um vacilo pode ser fatal. Atingimos um objetivo e agora temos outro, que é superar um dos maiores clubes do futebol brasileiro. Nós agora só temos o que lucrar, já somos parte da história", contou Calmon, o jogador responsável pela classificação da terceira equipe paranaense na Copa João Havelange.
Knevitz tem problemas para escalar seu time para enfrentar o Cruzeiro. Adriano, Tcheco e Mauricinho estão no Departamento Médico tratando de problemas musculares e correm o risco de não disputarem a primeira partida. Já o volante Nivaldo e o atacante Calmon estão fora. Eles levaram o quinto cartão amarelo e cumprem suspensão automática.
Os dirigentes do Malutrom continuam com a promoção de ingressos em R$ 3,00. Mulheres e menores de 12 anos entram de graça.