O secretário-geral da Fifa, Jerôme Valcke, sugeriu nesta terça-feira, no Recife, o uso de aeroportos militares no caso de haver insuficiência de aeroportos para atender à demanda durante a Copa do Mundo de 2014. Ele lembrou que "nada funciona cem por cento o tempo todo" e garantiu que a Fifa sempre busca soluções para os problemas que podem ocorrer.
"A ideia é superar qualquer obstáculo", observou ao observar que na Copa da África do Sul a Fifa comprou escadas para sanar uma dificuldade constatada em um dos aeroportos, onde não havia meios para levar as pessoas do avião para o aeroporto.
O secretário-geral concedeu entrevista no Palácio do Campo das Princesas, depois de ter visitado a Arena Pernambuco, estádio que está sendo construído em São Lourenço da Mata, a 19 quilômetros do Recife. Com 43% das obras executadas, Valcke observou que "ainda faltam 57%, ainda há muito trabalho a ser feito", mas demonstrou confiança que o estádio, com capacidade para 46 mil pessoas, irá abrigar a Copa das Confederações, em junho de 2013. A cidade já consta das seis sedes do evento, mas a decisão só será oficializada em novembro.
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"Quando digo que há muito o que fazer, isto envolve estradas, estacionamento, espaço para a mídia", destacou. "Uma decisão não pode ser tomada a partir das arquibancadas ou porque vai ser o estádio mais bonito do mundo. Envolve mobilidade, hospedagem".
Cauteloso, depois da polêmica criada com sua declaração de que o Brasil precisava de "um chute no traseiro" para desencalhar as obras da Copa, o secretário-geral preferiu não comentar nem comparar atrasos entre as obras que estão sendo realizadas no Brasil e que possam preocupar a Fifa.
"Há um processo contínuo na construção, algo pode estar adiantado agora vir a atrasar", afirmou ele, ao observar que a preocupação não é se limita às obras. "É zelar por tudo o que esteja entorno, para que fique pronto".
Valcke também não quis antecipar o preço dos ingressos da Copa das Confederações, que deverão começar a ser comercializados no final do ano. Apenas adiantou que "não será muito diferente da África do Sul".