O Brasil finalmente voltou a levar a sério a disputa dos Jogos Sul-Americanos. O Comitê Olímpico Brasileiro (COB) decidiu enviar 490 atletas para a décima edição do evento, que começa na próxima sexta-feira, no Chile.
Nas nove edições anteriores, o Brasil só ficou em primeiro lugar no quadro de medalhas em 2002, quando sediou o evento (no Rio, São Paulo, Curitiba e Belém). A Argentina levou a melhor por sete vezes, enquanto a Colômbia ficou em primeiro lugar em 2010, quando organizou os Jogos Sul-Americanos em Medellín.
Dessa vez, os Jogos Sul-Americanos são considerados pelo COB a primeira grande experiência brasileira no ciclo olímpico que se conclui na Olimpíada do Rio em 2016. E um dos esportes em que o Brasil vai enviar sua força máxima é na luta (olímpica e greco-romana).
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A Confederação Brasileira de Lutas Associadas (CBLA) formou uma delegação com 17 atletas e acredita ter chance de pódio em todas elas. O nome mais forte do Brasil na modalidade é Aline Silva, que conquistou, no início do mês, a medalha de ouro na categoria até 75kg no Grand Prix de Paris - ainda tem no currículo a prata no Mundial Júnior de 2006 e nos Jogos Pan-Americanos de Guadalajara.
Aline acredita que suas chances melhoraram após a mudança nas categorias olímpicas. Até o ano passado, ela lutava no peso até 72kg. "Essa mudança foi boa para mim. Estou me sentindo superbem, porque eu tinha dificuldades para dar o peso", contou.
Nos últimos dois meses, Aline e seus companheiros da seleção têm viajado e participado de treinamentos e competições em polos da modalidade, como Bulgária e Cuba. "O fato de ter conseguido essa vitória em Paris não é um fato isolado. Temos obtido medalhas em outras competições e acho que é plenamente possível eu conseguir uma medalha na Olimpíada de 2016", disse a lutadora paulistana, que pratica a modalidade há 11 anos, após ter feito sua iniciação esportiva no judô.