A Renault escapou de punição pela farsa no GP de Cingapura de 2008, ao receber apenas uma espécie de advertência da Federação Internacional de Automobilismo (FIA). Mas o caso ainda custará muito caro para a equipe francesa: nesta quinta-feira, dois grandes patrocinadores rescindiram contrato por causa do escândalo.
Por causa da fabricação do resultado em Cingapura, quando o brasileiro Nelsinho Piquet bateu deliberadamente o carro para favorecer a vitória do espanhol Fernando Alonso, a Renault demitiu seus dois principais dirigentes, Flavio Briatore e Pat Symonds, que também foram suspensos pela FIA no julgamento do caso.
Mas, mesmo demitindo os responsáveis, a Renault ficou com sua imagem manchada. Tanto que o banco holandês ING e a seguradora espanhola Mutua Madrilena resolveram romper o vínculo com a equipe, sob alegação de não querer atrelar a marca uma organização que foi responsável por uma farsa como aquela de Cingapura.
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O banco ING era o principal patrocinador da Renault, com um investimento anual estimado de 25 milhões de euros. E a seguradora Mutua Madrilena investia cerca de 4 milhões de euros. O dinheiro fará falta, mas o pior é mesmo a imagem na equipe francesa, cada vez mais arranhada.
Confira a nota da ING:
"O ING anunciou hoje (quinta-feira) que, por causa do veredito do Conselho Mundial da FIA no dia 21 de setembro de 2009, relativo aos fatos ocorridos no GP de Cingapura de 2008, vai rescindir o contrato com a Renault, com efeitos imediatos. O ING está profundamente decepcionado com essa sucessão de eventos, especialmente no contexto de um patrocínio bem-sucedido. Como anunciado no dia 16 de fevereiro deste ano, o ING decidiu não renovar o contrato de patrocínio de três anos (2007-2009) com a Renault e acabar com a sua presença na F1 após a temporada 2009".