O Comitê Olímpico da Austrália (AOC, na sigla em inglês) vai oferecer aos seus atletas uma cartilha na qual veta a ida deles a favelas durante a presença da delegação no Rio para os Jogos Olímpicos. A decisão, revelada no domingo pelo jornal australiano Herald Sun, gerou críticas do prefeito do Rio, Eduardo Paes (PMDB).
"Existe muita ignorância sobre o Rio e o Brasil, além de um certo de drama de como as coisas são. Cá entre nós, o comitê australiano tem sido fonte de agressões contra o Brasil. E a gente ama Sydney", comentou o prefeito.
Paes se referia ao fato de John Coates, presidente do AOC e membro da comissão do Comitê Olímpico Internacional (COI) que cuida dos Jogos do Rio, ter tido em abril de 2014 que a preparação da Cidade Maravilhosa era a pior que ele tinha visto. Bastante criticado, ele logo voltou atrás e disse que confiava que o trabalho seria bem feito.
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Agora, entretanto, a Austrália demonstra preocupação com a segurança da cidade. "Nossos atletas certamente vão interagir com os cariocas e vão aproveitar a praia de Copacabana. Mas as favelas são áreas que não podemos controlar e a segurança pessoal de nossos atletas vem antes", explicou à agência de notícias The Associated Press o porta-voz do AOC, Mike Tancred.
De acordo com ele, a Austrália não pode permitir que os atletas subam as favelas porque o comitê não consegue controlar um grande número de atletas indo a lugares diferentes ao mesmo tempo.
Tancred, porém, não deixou de tentar demonstrar simpatia com o País: "Nós amamos o Brasil e estamos ansiosos para compartilhar a emoção. O Rio teve um tremendo progresso na preparação para os Jogos e não temos dúvidas de que o Rio vai entregar (o esperado)"