A seleção brasileira masculina de basquete perdeu para a Argentina por 82 a 77, nesta quarta-feira, e foi eliminada nas quartas de final dos Jogos de Londres. Com uma atuação irreconhecível em três dos quatro quartos da partida, a equipe deixou a briga por uma medalha olímpica, que não vem desde 1964, quando levou o bronze.
Depois de uma grande campanha na primeira fase, com quatro vitórias e uma derrota, o Brasil cai diante de seu principal rival. Em torneios importantes, essa é a terceira eliminação para os argentinos nos últimos anos - já havia caído nas semifinais do Pré-Olímpico das Américas de 2007 e nas oitavas do Mundial de 2010.
Ponto forte do time nesta Olimpíada, a defesa brasileira enfrentou muitos problemas para impedir os arremessos de média e longa distância dos argentinos. Depois de um péssimo terceiro quarto, quando chegou a estar perdendo por 15 pontos, a equipe chegou a esboçar uma reação no último período, mas não impediu a derrota.
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Marcelinho Huertas foi o destaque brasileiro e cestinha da partida, com 22 pontos. Mas Luís Scola, com 15 pontos, Carlos Delfino e Manu Ginóbili, com 14 cada um, garantiram a vitória. Nas semifinais a Argentina deve enfrentar os Estados Unidos, que ainda joga nesta quarta diante da Austrália.
O JOGO - Com um time mais baixo, sem um pivô de força, a Argentina se movimentava bastante no ataque e explorava os arremessos de média distância. Já o Brasil variava seu jogo, hora com Tiago Splitter no garrafão, hora com Marcelinho Huertas, que começou com a mão calibrada.
Huertas comandava as ações do lado brasileiro, não só com bons passes, como também em arremessos de média e longa distância. Do lado argentino, como era de se esperar, Luís Scola era a principal arma ofensiva, já que Tiago Splitter não conseguia pará-lo na marcação. Preocupado com isso, o técnico Rubén Magnano logo colocou Nenê em quadra.
Com duas faltas, Scola foi para o banco, e aí Carlos Delfino começou a chamar o jogo. O ala aproveitou as falhas de marcação de Marquinhos e acertou duas bolas de três consecutivas, acabando com a vantagem brasileira, que estava em cinco pontos, e virando a partida. Huertas voltou a responder do lado brasileiro. O armador, que terminou os primeiros dez minutos com 13 pontos, também acertou duas de longa distância em sequência e fez com que o Brasil terminasse o período em vantagem: 26 a 23.
No segundo quarto, Scola voltou a se destacar, enquanto Huertas não mantinha o mesmo bom aproveitamento. O time brasileiro passou a explorar o jogo de garrafão, com Splitter e Nenê em quadra, mas não era o suficiente para responder à grande atuação do ala/pivô argentino, que fez com que sua equipe fosse para o intervalo com seis pontos de vantagem.
O Brasil voltou mal para o terceiro período, errando muito e permitindo que o adversário pontuasse nos contra-ataques. Com isso, a vantagem argentina logo chegou a dez pontos e Magnano gastou seu primeiro pedido de tempo. O treinador mudou algumas peças, colocou reservas em quadra, mas o time não respondeu. A vantagem chegou a 15 pontos, e o quarto terminou em 62 a 52.
A seleção brasileira reagiu no último período. Com uma defesa mais forte e um rápido jogo de transição, a equipe voltou para o jogo e diminuiu a vantagem para quatro pontos depois de uma bandeja de Leandrinho. A Argentina voltou a abrir, mas, com uma bola de três a 1min30s, Leandrinho fez a diferença cair para três. O Brasil ainda teve chances para empatar o confronto, mas cometeu erros bobos e acabou derrotado.