A Confederação Brasileira de Rúgbi (CBRu) está procurando jogadores estrangeiros com um mínimo conhecimento em rúgbi e algum laço com o País, para defender a seleção "Tupi" nos Jogos Olímpicos do Rio/2016, quando o rúgbi sevens, uma variação do rúgbi tradicional, vai estrear no programa olímpico. Tudo para não fazer feio diante da torcida numa modalidade em que os brasileiros não têm nenhuma tradição.
Depois das bem sucedidas campanhas publicitárias do "Esse esporte ainda vai ser grande no Brasil", agora o rúgbi brasileiro decidiu mais uma vez deixar o pudor de lado para tentar crescer. A nova campanha internacional é denominada "Procura-se jogadores brasileiros de rúgbi" e já ganhou espaço na mídia internacional.
O Brasil tem mínima tradição no rúgbi, como bem mostraram as campanhas em conjunto com a Topper. No ranking mundial, é apenas o 34ª colocado, nunca tendo disputado um Campeonato Mundial. No rúgbi sevens, que é a modalidade olímpica, só conseguiu vaga para jogar o Mundial de Moscou, em junho passado, no feminino. No masculino, antepenúltimo nos Jogos Mundiais de Cali, no último fim de semana. Mesmo assim terá times jogando a Olimpíada.
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Por conta disso, a CBRu mandou cartas para federações internacionais, clubes estrangeiros e publicações da modalidade para tentar atrair jogadores que não conseguem jogar nas suas seleções nacionais, mas que podem ser úteis para o Brasil. "Se você tem os requisitos (para ter cidadania brasileira) e acredita que tem o porte atlético, a habilidade, a paixão e a vontade de representar o Brasil, então a gente quer ouvir isso de você", diz a carta distribuída pela Confederação. "Seja parte do nosso sonho", completa o texto.
"Nós queremos ter certeza que de todos saibam que estamos procurando atletas", diz Sami Arap, presidente da CBRu. "E eu não tenho dúvida que logo vamos começar a receber e-mails de jogadores e agentes oferecendo atletas que querem vir ao Brasil. Tenho certeza que a possibilidade de disputar a Olimpíada vai nos ajudar a atrair muitos jogadores".
O dirigente quer ganhar pelo menos mais seis homens e seis mulheres para as seleções brasileiras. "Quanto mais, melhor", diz ele, que, porém, admite: "Mas se conseguirmos dois atletas já terá sido uma campanha bem sucedida".