O Tribunal Arbitral do Esporte (TAS) acolheu um pedido da Federação Internacional de Atletismo (Iaaf) e suspendeu o marchador italiano Alex Schwazer por oito anos devido ao uso de anabolizantes.
Com isso, o campeão olímpico na marcha atlética de 50 km dos Jogos de Pequim, em 2008, está fora das Olimpíadas do Rio de Janeiro. Havia rumores de que ele poderia ser banido do esporte, o que o impediria até de trabalhar como treinador.
Schwazer testou positivo para anabolizantes em um exame realizado no último dia 1º de janeiro, quando ainda se preparava para voltar de um gancho de três anos e nove meses por doping. O resultado foi confirmado pela contraprova.
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Ele havia sido pego com o hormônio Eritropoetina (EPO) às vésperas dos Jogos de 2012, em um episódio que afetou até sua então namorada, a patinadora Carolina Kostner, punida com 16 meses de suspensão por cumplicidade.
Afastado das provas, o marchador italiano sempre falou no sonho de disputar as Olimpíadas do Rio de Janeiro, mesmo com o pouco tempo que teria para conquistar uma vaga. Sua punição terminou em 29 de abril de 2016, e ele retornou às provas no dia 8 de maio, quando venceu a Copa do Mundo de Marcha Atlética, disputada em Roma, na categoria 50 km e assegurou o índice olímpico.
O resultado também o levou à segunda posição no ranking mundial, o que o colocava como um dos favoritos a medalha no Brasil. No entanto, a nova denúncia de doping colocou tudo a perder.
Schwazer sempre disse ser vítima de um complô, tese que encontra eco em diversos ambientes esportivos na Itália, ainda mais porque o marchador, após o primeiro gancho, passou a ser treinado por Sandro Donati, um dos maiores combatentes do doping no país.