O presidente do Comitê Olímpico Internacional (COI), Thomas Bach, admitiu que a crise econômica no Brasil afetou a capacidade do Rio de Janeiro em fechar acordos de marketing para a Olimpíada deste ano e decidiu adotar "medidas excepcionais" para ajudar o Brasil a sediar o evento em agosto.
Segundo o jornal Estado de S. Paulo apurou, o Comitê Rio-2016 foi obrigado a cortar 12% do orçamento, cerca de R$ 900 milhões. Nesta quarta-feira, diante do COI, os brasileiros foram obrigados a explicar os números. "Aprovamos o novo orçamento", disse Bach.
Ele, porém, indicou que o novo orçamento foi adotado depois de o COI e as federações esportivas abrirem mão de seus projetos originais. "Federações nacionais, esportivas e o COI reconheceram a situação muito difícil que vive o Brasil. A crise está fora do alcance dos organizadores. E por isso decidimos apoiar nossos parceiros brasileiro para lidar com situação excepcional com medidas excepcionais. Agradecemos a solidariedade de todos", afirmou o presidente do COI.
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O alemão, porém, não esconde que houve uma queda de receita com acordos de marketing e que os ingressos não estão sendo vendidos conforme se esperava. "A questão no marketing não vive em uma ilha, isolado. Os acordos estão mais difíceis num País com tal crise, como no Brasil. Isso é óbvio", disse Bach.
ZIKA - Sobre o vírus zika, Bach indicou que recebeu garantias da Organização Mundial da saúde (OMS) de que o Rio de Janeiro "não é um hotspot" da epidemia. "Recebemos garantias sobre medidas tomadas", indicou.
"A Rio-2016 e as autoridades estão controlando águas paradas nas instalações olímpicas e adotando medidas. O ar-condicionado na Vila Olímpica vai ajudar, assim como o clima em agosto", declarou Bach.
"Há uma cooperação intensa entre a OMS e as autoridades e entre a OMS e o COI", insistiu. "A diretora geral da OMS, Margaret Chan, me disse que o Rio não é um dos hotspots para o mosquito e tem confiança em um evento seguro. Fiquei satisfeito", completou.