A Confederação Brasileira de Basquete (CBB) não quis dar espaço para especulações e depois de confirmado o corte de Anderson Varejão para a Olimpíada, anunciou seu substituto. A entidade confirmou o nome do pivô Cristiano Felício, do Chicago Bulls, para o elenco que representará o País nos Jogos do Rio.
A convocação do jogador aconteceu graças à lesão de Varejão. Depois de sentir fortes dores nas costas na última semana durante os treinos da seleção, o jogador viajou no domingo para os Estados Unidos a mando do Golden State Warriors, sua equipe na NBA, para realizar exames médicos. Os testes diagnosticaram uma hérnia de disco na região lombar, que selou o veto à sua presença no Rio.
Havia pouca discussão sobre Felício ser o mais indicado tecnicamente para substituir Varejão, mas a dúvida em torno de sua convocação passava por um motivo extraquadra. O técnico Rubén Magnano nunca escondeu a insatisfação com a atitude do pivô ao pedir para não ser chamado na lista inicial para os Jogos Olímpicos, anunciada no mês passado.
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Na ocasião, Felício preferiu priorizar a disputa da Summer League da NBA pelo Bulls, por entender que seu espaço na principal liga de basquete do mundo dependia de um bom serviço nesta pré-temporada. Como o torneio já foi disputado, o jogador estava livre para ser o substituto de Varejão. Restava saber se o descontentamento de Magnano com a atitude dele seria suficiente para mantê-lo fora da seleção, o que não aconteceu.
Felício talvez tenha sido o melhor brasileiro na reta final da temporada passada da NBA. Se antes do campeonato até sua presença em um time da liga era questionada, nos últimos jogos do Bulls, o jovem de 24 anos mostrou serviço e chegou a ter dois jogos consecutivos marcando 16 pontos, contra o futuro campeão Cleveland Cavaliers e o New Orleans Pelicans, ambos em abril.
Agora, Felício deve se apressar para viajar ao Brasil e se juntar aos companheiros em Mogi das Cruzes-SP, onde a seleção dá sequência à preparação para os Jogos Olímpicos e disputará um torneio amistoso nos próximos dias. Ele será mais uma opção para o garrafão do País, ao lado do veterano Nenê, de Rafael Hettsheimeir e de Augusto Lima.
Se pode ajudar a seleção com sua qualidade, Felício certamente será incapaz de suprir a ausência de Varejão como líder da equipe. O veterano de 33 anos era um dos jogadores mais experientes do grupo e, até por isso, o técnico Rubén Magnano havia manifestado o desejo de "esperar o tempo necessário" para tê-lo no Rio.