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EFEITO COLATERAL

Mais duro, novo carro da F1 deixa pilotos com dores e lembrando de balada

Julianne Cerasoli - UOL/Folhapress
18 mar 2022 às 11:01
- Divulgação/F1
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Os primeiros treinos livres do GP do Bahrein de Fórmula 1 começam nesta sexta-feira, com sessões às 9h e às 12h pelo horário de Brasília, com muita expectativa após os carros da categoria passarem pela maior mudança da história. Mas um dos fatores colaterais do novo regulamento está dando, literalmente, dor de cabeça para os pilotos e vem obrigando os engenheiros a improvisar: alguns carros estão sacudindo tanto nas retas que se tornou uma preocupação física para os pilotos.


Pierre Gasly até brinca, dizendo que o corpo fica balançando como se ele estivesse dançando. "Não é uma sensação das melhores quando você vai a 300km/h balançando. Normalmente é na balada que você faz isso! O pescoço fica meio duro depois e os músculos do glúteo ficam meio tensionados. Não é tão ruim quanto parece de fora, mas também não é legal. E, aparentemente, vamos sofrer muito com isso nessa temporada."

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Não que isso seja o único problema. Como as suspensões são menos maleáveis e os pneus também, já que a lateral é menor com a roda aro 18, os pilotos relatam que o carro ficou mais duro. Charles Leclerc disse que espera ficar "com as costas doloridas" quando chegar em pistas nas quais se ataca mais a zebra ou quando há mais ondulações. Para completar, o carro está mais pesado também. Tão pesado e tão menos maleável que Sebastian Vettel, que está fora do GP de abertura da temporada porque testou positivo para covid-19, até brincou e disse que vai valer mais a pena pegar um ônibus para treinar para o GP de Mônaco do que testar no simulador da equipe.

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O pula-pula dos carros é um problema que tem tudo para piorar em pistas mais onduladas. Nas duas pistas em que a F1 testou com esses carros (Barcelona e Bahrein) essa diferença já foi sentida, com muitos pilotos até mudando a trajetória na reta para fugir do trecho mais ondulado.

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Tudo acontece porque estes novos carros têm de andar tão perto do solo para funcionar bem que, quando ficam perto demais, o fluxo de ar diminui e o assoalho perde eficiência, chegando a bater no solo. Então, o fluxo de ar aumenta novamente, e começa o movimento de sobe e desce.


Após 6 dias de testes, algumas equipes, como a Red Bull, conseguiram controlar esse movimento. Os engenheiros estão tentando de tudo, inclusive colocando hastes para limitar o movimento do assoalho.

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Isso atrapalha o fluxo de ar, mas ainda assim é melhor do que ver o assoalho, principal peça desses novos carros, perder eficiência justamente quando o carro está em alta velocidade.


Um carro que sofreu muito com isso no teste da semana passada foi a Mercedes. Tanto, que Lewis Hamilton foi flagrado várias vezes com as mãos na lombar e tentando alongar as costas. Como o piloto fica em uma posição quase deitada no carro, é essa região que sofre mais com o impacto. "Tem sido muito duro. O carro ficar pulando, escorregando, no momento está bem difícil", reconheceu o heptacampeão.

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A má notícia para os pilotos é que os engenheiros acreditam que esse sobe e desce dos carros vai reaparecer várias vezes ao longo da temporada. É algo que não pode ser simulado em computadores ou testado em túnel de vento, então é provável que atualizações no carro ao longo do ano façam o problema reaparecer.


"Tudo depende do que você quer fazer em termos de acerto porque sempre há uma solução fácil", lembrou o chefe da McLaren, Andreas Seidl. Ele se refere a levantar o carro para que o assoalho não bata no chão, o que resolve esse movimento do carro, mas gera perda de performance. "Acho que vamos ver esse problema voltando a acontecer ao longo da temporada, e o que as equipes têm de fazer é encontrar um meio-termo que não seja tão ruim para o piloto, nem para a performance."


O GP do Bahrein dá a largada para o campeonato da Fórmula 1 neste domingo, com transmissão da TV Bandeirantes a partir das 11h30 pelo horário de Brasília. A largada é às 12h.

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