Se não tivesse morrido no trágico acidente em Ímola, há quase 20 anos, Ayrton Senna teria encerrado sua carreira na Ferrari, afirmou o presidente da equipe italiana, Luca di Montezemolo nesta quarta-feira. A morte do tricampeão da Fórmula 1 completará duas décadas nesta quinta, dia 1º de maio.
Montezemolo fez a declaração ao revelar uma conversa com o piloto brasileiro no dia 27 de abril, quatro dias antes do acidente fatal no GP de San Marino de 1994. "Nós nos encontramos na minha casa, em Bologna. Ele me contou como estava apreciando o modo como lutamos contra o excessivo uso de eletrônicos no comando do carro, o que podava as habilidades do piloto", disse o italiano.
"Conversamos durante um bom tempo e ele me deixou claro que queria encerrar sua carreira na Ferrari. Concordamos em nos encontrar novamente porque acreditávamos que a Ferrari era o lugar ideal para ele dar sequência a sua trajetória. Infelizmente, o destino tirou de nós Ayrton e Roland Ratzenberger num dos finais de semana mais tristes da história da F-1".
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Montezemolo disse ainda que sonhava com Senna na equipe italiana porque admirava seu estilo "lutador" nas pistas. "Lembro de sua bondade e do seu jeito tímido, o que era um grande contraste com sua postura nas pistas, era um lutador tentando sempre ser o melhor", destacou.
Senna morreu aos 34 anos quando disputava apenas a sua terceira corrida com a Williams, após deixar a McLaren no fim de 1993. Com a equipe britânica, ele tinha contrato de dois anos, portanto até o fim de 1995.