A morte de Sid Watkins, na quarta-feira, causou enorme comoção no mundo do automobilismo, como esperado. Médico-chefe da Fórmula 1 durante quase 30 anos, ele deixou como legado o aumento da segurança no esporte e salvou a vida de vários pilotos, como foi lembrado pelos seus admiradores.
"Este é um dia verdadeiramente triste para a família da FIA e a comunidade inteira do esporte a motor", disse Jean Todt, presidente da FIA. "Sid era amado e respeitado em igual medida por todos aqueles que o conheceram e trabalharam com ele. Nós seremos sempre gratos pelo legado de segurança que ele deixou nosso esporte", completou.
Watkins, que morreu aos 84 anos, foi apontado por Ron Dennis, ex-chefe da McLaren como principal responsável pelo aumento da segurança na Fórmula 1. "Muitos pilotos e ex-pilotos devem suas vidas ao seu trabalho cuidadoso e especializado, o que resultou em grandes avanços nos níveis de segurança que os pilotos hoje possivelmente têm garantido", disse.
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"Não, ele não era um piloto. Não, ele não era um engenheiro. Não, ele não era um projetista. Ele era um médico e é provavelmente justo dizer que ele fez mais do que todos, durante muitos anos, para fazer uma fórmula tão seguro quanto é hoje", afirmou Dennis.
No acidente fatal sofrido por Ayrton Senna no GP de San Marino de 1994, no circuito de Ímola, Watkins foi o primeiro a atender o brasileiro. Ele também salvou a vida de pilotos que sofreram acidentes graves, como Gerhard Berger, Mika Hakkinen e Rubens Barrichello.
Chefe da Williams, Frank Williams lembrou que Watkins tinha o respeito de todos os envolvidos na Fórmula 1. "Sid Watkins ganhou o respeito e admiração de todos os pilotos durante todo o seu tempo na Fórmula 1. Eu sei que alguns deles, ao longo de seu tempo como pilotos, procuraram Sid por tipos diferentes de conselho, além da sua perícia médica. Talvez o mais significativo em minha mente é que Sid era muito respeitado por Bernie Ecclestone", comentou.
Senna foi o último piloto de Fórmula 1 a morrer em razão de acidente sofrido durante uma corrida. Watkins realizou incansáveis campanhas de segurança e trabalhou para melhorar o padrão das instalações médicas. Há agora padrões universais em centros médicos de circuitos, além da obrigatoriedade da presença de um helicóptero médico em todas as provas da Fórmula 1. Assim, figuras proeminentes da categoria nos últimos anos também lembraram o legado deixado por ele.
"É um dia triste, com a perda do professor Sid Watkins. Sem a sua incrível contribuição para o esporte, a nossa vida como pilotos seria um risco. Minhas condolências vão para sua família", escreveu Lewis Hamilton em seu perfil no Twitter. "Descanse em paz Sid Watkins. O automobilismo não seria o que é hoje sem você. Obrigado por tudo que você fez, nós, como pilotos, somos muito gratos", disse Button.
"Eu raramente tive o prazer de encontrar Sid Watkins, mas qualquer pessoa conectada com a Fórmula 1 - ou mesmo o automobilismo em geral - sabe o impacto que ele teve sobre o esporte. Pilotos de muitas gerações passadas e futuras devem muito a ele, sua paixão e dedicação mudaram a face da segurança no automobilismo e salvaram muitas vidas no processo. Perdemos uma verdadeiro grande da Fórmula 1, eu gostaria de estender minhas sinceras condolências à sua família neste momento difícil", afirmou Eric Boullier, chefe da Lotus.
Watkins deixou o cargo de diretor-médico da Fórmula 1 em 2005, quando passou a atuar na FIA, com trabalhos na segurança do esporte. No ano passado, ele se aposentou e deixou a entidade.