A russa Maria Sharapova gerou frenesi no mundo do tênis ao convocar entrevista coletiva para esta segunda-feira. Até a aposentadoria da número 7 do mundo foi cogitada, mas ela encerrou o mistério durante a tarde ao revelar que foi flagrada no exame antidoping quando disputou o Aberto da Austrália, em janeiro.
Sharapova revelou que recebeu uma carta da Federação Internacional de Tênis (ITF, na sigla em inglês) a notificando sobre o doping. O Aberto da Austrália, aliás, marcou a última aparição da tenista em quadra, uma vez que ela vem sofrendo com diversas lesões na atual temporada.
A tenista não fugiu da responsabilidade pelo incidente e admitiu ter utilizado a substância proibida Mildronato, um moderador metabólico. Sharapova, no entanto, garantiu que fazia uso do elemento já há um longo período e que não sabia que ele havia sido proibido recentemente. A WTA ainda não se manifestou sobre o caso ou uma possível punição.
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"Eu assumo toda a responsabilidade. É meu corpo e sou responsável pelo que coloco e deixo colocarem nele. A primeira vez que tomei isso foi em 2006. Foi por indicação médica. Tenho deficiência em absorver magnésio e tenho feito uso por necessidade. Em janeiro, as regras mudaram, a substância foi proibida e eu não sabia", alegou.
Sharapova se firmou como uma das principais tenistas do século XXI e iniciou uma vitoriosa trajetória bastante cedo, já que faturou seu primeiro título aos 16 anos, em 2003, em Tóquio. O primeiro Grand Slam veio um ano depois, em Wimbledon. No total, já são 35 títulos de simples no circuito da WTA, sendo cinco em torneios de Grand Slam.