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Em Cascavel

Stock Car subestimou riscos com os pneus, diz diretor

Redação Bonde com assessoria de imprensa
17 set 2012 às 14:24

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As equipes e pilotos que enfrentaram problemas com os pneus na etapa da Stock Car neste domingo em Cascavel podem ter subestimado as árduas exigências impostas pelo circuito do oeste paranaense. A avaliação é Maurício Ferreira, diretor-técnico da Medley/Full Time, equipe que completou a dura corrida de volta da cidade ao calendário da categoria sem fazer uma única troca do traseiro direito.
Maurício comanda ainda outro braço da organização, com mais dois carros que igualmente escaparam da entrada não-prevista nos boxes para a substituição do componente avariado.

A Medley/Full Time terminou a corrida com o 12º lugar de Felipe Maluhy e o 21º de Xandinho Negrão. Xandinho precisou trocar o esquerdo traseiro ainda no início da prova, mas por causa de um toque recebido de Giuliano Losacco pouco depois da largada. "Foi um fato isolado. A roda quebrou e o pneu furou. Depois que voltou à pista, Xandinho não precisou mais parar e até andou num ritmo muito bom", elogiou Ferreira. "Pena que o tempo perdido na volta de entrada nos boxes e a troca da roda tenham custado caro." Com um olho na pista e outro no pit lane, onde os carros entravam e saiam a todo momento, Ferreira logo percebeu o que acorria e reforçou a orientação a seus pilotos para administrarem a prova. "E eles foram bem, tanto que prosseguiram até o final."

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Ferreira disse que notou que os pneus poderiam não resistir às fortíssimas demandas térmicas do circuito na sexta-feira, quando constatou uma enorme bolha no pneu traseiro direito de Tuka Rocha. "Naquele instante, vimos que precisaríamos administrar o acerto dos carros e que os pilotos deveriam ser mais conservadores na tocada. Acho que cada um trabalhou à sua maneira, o que pode explicar porque pilotos de uma mesma equipe tiveram problemas e outros não", explicou.

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Ainda sem uma explicação oficial dos fornecedor da categoria para o episódio, Ferreira oferece duas teorias para o ocorrido, ambas apoiadas na forte pressão exercida sobre os traseiros direitos no Bacião. "São duas tangências na mesma curva, com uma carga elevada e prolongada sobre o pneu de trás do lado direito. Pode ter acontecido de o ombro do pneu quebrar, haver perda de pressão e o consequente estouro. Essa é a causa mais provável para quem teve problemas até à 10ª volta. Mais para frente, a hipótese é o aparecimento de bolhas. Quando elas são arrancadas, a manta de construção fica exposta e o pneu acaba furando", explicou.


Mesmo considerando que as equipes deveriam estar mais atentas a essa questão, Ferreira observa que o fabricante deverá fazer a sua parte para que o constrangimento não se repita na volta da Stock Car a Cascavel em 2013. "O asfalto está muito ondulado, com buracos e pede uma nova pavimentação. Isso já está certo. Mas os pneus também precisarão estar mais resistentes."

Se para equipes e pilotos os contratempos com os pneus foram um efeito colateral do regresso a Cascavel depois de 20 anos, o público que assistiu à prova ao vivo pela TV Globo parece ter gostado do componente de imprevisibilidade. De acordo com uma fonte da emissora, a transmissão deste domingo deu pico de sete pontos no Ibope e manteve a Stock Car na liderança da audiência durante toda a corrida.


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