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Só advertência

Tribunal libera Cielo para Mundial de natação em Xangai

Agência Estado
21 jul 2011 às 08:35

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- Divulgação
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O brasileiro Cesar Cielo está liberado para participar do Mundial de Esportes Aquáticos, que está sendo realizado em Xangai, após a Corte Arbitral do Esporte (CAS, na sigla em inglês) decidir pela manutenção da advertência imposta pela Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos (CBDA) para um caso de doping. O veredicto da CAS foi anunciado nesta quinta-feira (21).

A advertência também vale para Nicholas Santos e Henrique Barbosa, que assim como Cielo deram positivo para a substância proibida furosemida em teste realizado em maio. A punição para Vinicius Waked, porém, foi diferente. O nadador, que foi suspenso anteriormente por dois meses em outro caso de doping, recebeu uma pena de um ano da CAS.

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Com o anúncio, agora Cielo pode se concentrar na disputa do Mundial de Xangai. O brasileiro defenderá os seus títulos dos 50 e 100 metros livre, além de participar da prova dos 50 metros borboleta e integrar a equipe brasileira dos revezamentos. Em 2012, Cielo poderá defender em Londres seu título olímpico nos 50 metros livre (também é medalhista de bronze nos 100 metros livre).

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Já os outros três brasileiros não vão competir em Xangai. Nicholas Santos e Henrique Barbosa perderam as marcas obtidas no Troféu Maria Lenk por conta do doping. Já Vinicius Waked nunca teve índice para o Mundial de Esportes Aquáticos na China. As provas da natação em Xangai começam na madrugada de sábado para domingo (horário de Brasília).

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Histórico


Os quatro nadadores brasileiros foram flagrados em exames realizados durante a disputa do Troféu Maria Lenk, no início de maio, no Rio, quando o mesmo diurético proibido furosemida foi detectado em seus organismos. Eles alegaram inocência, dizendo que consumiram a substância em um lote contaminado de um suplemento alimentar que usam regularmente.

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Em julgamento realizado no dia 1.º de julho pela CBDA, os quatro nadadores levaram apenas uma advertência, sem qualquer suspensão. "Não foi identificada culpa ou negligência" dos atletas, justificou a entidade, que também decidiu anular todos os resultados obtidos por eles no Troféu Maria Lenk.


Mas Federação Internacional de Natação (Fina) não concordou com a decisão da CBDA e decidiu entrar com recurso na CAS, a instância máxima da justiça desportiva. Diante do interesse de todas as partes envolvidas, por causa da disputa do Mundial, o julgamento do caso foi realizado em tempo recorde, com a audiência na última quarta-feira, em Xangai.

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Enquanto os quatro nadadores estiveram presentes na audiência em Xangai, algumas testemunhas participaram através de videoconferência. E os três juízes designados pelo CAS para o caso (o australiano Alan Sullivan, o suíço Olivier Carrard e o norte-americano Jeffrey Benz) chegaram rapidamente ao veredicto, anunciado nesta quinta-feira.


Durante esse período, Cielo evitou entrevistas. Sua única declaração pública sobre o caso aconteceu no dia do julgamento da CBDA, quando defendeu sua inocência. "Nunca utilizei nenhum recurso ilícito que pudesse favorecer a minha performance. Tenho a consciência tranquila de que não fiz nada para melhorar artificialmente meu desempenho", disse.

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Carreira


Com apenas 24 anos, Cielo já é o maior nome da história da natação brasileira. Inspirado nos ídolos Fernando Scherer e Gustavo Borges, ele começou a brilhar em 2007, quando conquistou três medalhas de ouro e uma de prata nos Jogos Pan-Americanos do Rio. Mas alcançaria fama mundial no ano seguinte, na Olimpíada de Pequim.


Depois de treinamento intenso nos Estados Unidos, onde morava e treinava na época, Cielo surpreendeu o mundo nos Jogos Olímpicos de Pequim. Primeiro, ganhou bronze nos 100 metros livre, o que lhe deu confiança para buscar o ouro nos 50 metros livre. A partir disso, ele já era ídolo no Brasil e referência nas provas de velocidade da natação.

Seu domínio nas piscinas foi confirmado em 2009. No Mundial de Esportes Aquáticos em Roma, ele ganhou a medalha de ouro nos 50 e 100 metros livre. E naquele mesmo ano, virou recordista mundial das duas provas. Depois, já em 2010, ele unificou o título dos 50 e 100 metros livre, ao ser campeão mundial também no campeonato de piscina curta (25 metros).


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