O velocista paralímpico Oscar Pistorius, acusado de matar a tiros a namorada Reeva Steenkamp no dia 14 de fevereiro de 2013, começa a conhecer seu destino nesta quinta-feira. O atleta sul-africano volta a julgamento, no Tribunal Superior de Pretória, na África do Sul, para ouvir o veredicto da juíza Thokozile Masipa. A leitura do documento começa às 4h (de Brasília). Desde o dia 3 de março, quando começou o julgamento, Pistorius alega ser inocente de todas as acusações.
A promotoria, encabeçada por Gerrie Nel, pede a condenação do velocista por homicídio com pena de prisão perpétua. Segundo ele, Pistorius assassinou a modelo de forma intencional após uma discussão confirmada por moradores vizinhos. O atleta alega que atirou porque achava que sua casa havia sido invadida por um ladrão. O promotor também pede punição por uso temerário de armas de fogo em público e posse ilícita de munição.
No julgamento, que ganhou repercussão internacional e acompanhamento intenso das redes de TV, cerca de 40 testemunhas foram ouvidas, inclusive o próprio Pistorius. Ele, que chorou em diversos momentos, chegou a vomitar quando ouviu a descrição de como a cabeça de Reeva "explodiu" após o impacto da bala.
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O promotor descreveu o velocista como um mentiroso egoísta obcecado por armas, carros velozes e mulheres bonitas. E que o atleta não estava preparado para assumir a responsabilidade por suas ações. A promotoria também apresentou transcrições de mensagens de telefone em que a modelo diz ter medo de Pistorius e do que ele poderia fazer com ela.
Já os advogados de defesa do velocista alegaram que existem "dois Oscars". Um atleta de nível mundial e um indivíduo altamente vulnerável com uma deficiência grave. E que o mesmo agiu por medo, e não raiva, quando efetuou os disparos.
Masipa começará a leitura do veredicto avaliando as provas de cada testemunha. Depois, passará para o seu julgamento. Ela terá a ajuda de dois avaliadores e poderá decidir pela inocência de Pistorius ou que o Estado não conseguiu provar a culpa do velocista, optando pela absolvição. Porém, se considerar que o atleta agiu de forma deliberada, assassinando a modelo, ele poderá pegar uma pena de prisão perpétua, que na África do Sul significa 25 anos de cárcere.
A juíza também pode decidir que Pistorius não matou a namorada de forma intencional e sim agiu de forma imprudente. Assim, o velocista poderia pegar uma pena menor.
O atleta de 27 anos, que fez história em Londres-2012 ao se tornar o primeiro atleta com as duas pernas amputadas a competir nos Jogos Olímpicos, atirou quatro vezes contra a porta do banheiro de sua casa, em Pretória, atingindo sua namorada.