Equipes da Volta da França afirmaram nesta quarta-feira que vão bancar uma auditoria externa para conter os casos de doping na tradicional competição e recuperar a credibilidade do ciclismo, após a cassação dos sete títulos do norte-americano Lance Armstrong, nesta semana.
A iniciativa foi anunciada por Jean-Rene Bernardeau, diretor esportivo da equipe Europcar, e Jonathan Vaughters, da Garmin-Sharp-Barricuda. Eles confirmaram que vão ajudar a pagar por uma auditoria que avalie como o ciclismo tem obtido sucessos e falhas na luta contra o doping.
"Todo mundo no esporte tem interesses intrínsecos. Mas uma comissão independente pode observar melhor e dizer ''vocês estão indo bem nesta parte, mas precisam melhorar nesta outra'' e assim por diante", comentou Vaughters, ao defender a auditoria externa.
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A iniciativa vai ao encontro das ideias do diretor da Volta da França, Christian Prudhomme, que sugeriu a criação de um Movimento por um Ciclismo Confiável, nesta quarta, ao apresentar oficialmente a edição 2013 da prova, em Paris.
Para o dirigente, este movimento promoveria um sistema antidoping mais rígido do que o da União Ciclística Internacional (UCI) e da Agência Mundial Antidoping (Wada, na sigla em inglês). Prudhomme pediu ainda maior empenho dos diretores das equipes na tentativa de coibir a utilização de substâncias proibidas nas competições.
A reação contra o doping surge na esteira do banimento de Lance Armstrong, na segunda-feira, por decisão da UCI, referendando extenso relatório da Agência Antidoping dos Estados Unidos (Usada) divulgado há duas semanas. Nele, a entidade apresenta diversos testemunhos para condenar e cassar os títulos do famoso ciclista. Em sua defesa, Armstrong, que já desistiu de se defender, reitera que nunca foi flagrado em qualquer exame antidoping.