A água fornecida pela Sanepar tem parâmetros “satisfatórios” para o consumo humano, segundo análise laboratorial feita pela UEL (Universidade Estadual de Londrina). A informação foi dada nesta quarta-feira (32) pelo secretário municipal de Saúde, Felippe Machado.
Três amostras foram encaminhadas para averiguação no dia 19 de dezembro de 2023, cerca de uma semana depois que moradores de vários bairros de Londrina começaram a reclamar de gosto e cheiro ruins na água tratada e encanada. As coletas foram feitas diretamente no reservatório da companhia de saneamento, dentro da Estação de Tratamento do Tibagi, no bairro rural Limoeiro, região leste de Londrina, e em uma residência da qual moradores haviam reclamado.
De acordo com Machado, os laudos não apontaram nenhuma irregularidade que pudesse tornar a água imprópria para o consumo. “Para o consumidor – e eu também sou consumidor -, é difícil acreditar [que mudança no gosto e no cheiro] a água pudesse ser consumida. E, como a prefeitura tem um contrato de concessão, fizemos essa fiscalização. Mas, os laudos não demonstram nenhuma alteração nas três amostras”, afirma.
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O secretário de Saúde ressaltou, entretanto, que as coletas ocorreram vários dias após as primeiras reclamações e que nenhuma delas apresentava qualquer alteração no momento em que foram recolhidas para análise.
Machado disse que não poderia fornecer os laudos por conta de dados que poderiam violar a Lei Geral de Proteção de Dados, como informações das pessoas que forneceram amostra residencial.
Reclamações dos consumidores
As primeiras reclamações sobre alterações no gosto, no cheiro e até na cor da água que chegava às residências de vários londrinenses começaram a surgir no dia 13 de dezembro. À época, a Sanepar informou que material orgânico das algas do Rio Tibagi se deslocaram em grane quantidade devido às chuvas e provocaram as alterações, mas garantiu a potabilidade da água.
Entretanto, as condições de odor e sabor só voltariam ao normal quando a água que estava no sistema de fornecimento fosse consumida. A estação do Tibagi abastece as regiões leste, norte e oeste de Londrina e parte de Cambé, na região metropolitana.
Os laudos serão encaminhados, agora, para o Ministério Público, que requereu à providências prefeitura, e ao gestor de contratos do Executivo municipal, que avalia se o caso é passível de alguma punição à concessionária.