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Resultado preliminar

Após consulta pública, 11 colégios de Londrina escolhem modelo cívico-militar para 2024

Caroline Knup - Especial para o Portal Bonde
30 nov 2023 às 14:22
- Divulgação/Seed
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De acordo com o resultado da consulta pública promovida pelo Governo do Paraná em 13 escolas estaduais em Londrina nesta terça-feira (28) e quarta-feira (29), a cidade terá mais 11 colégios cívico-militares a partir do ano letivo de 2024.


Bruno Garcia, professor e diretor do APP-Sindicato (Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Paraná) de Londrina, acompanhou as votações ocorridas nos últimos dois dias e pontua que a consulta pública aconteceu de forma pacífica no Município.

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Um dos casos de intercorrência citados pelo professor se refere à falta de acesso dos estudantes da EJA (Educação de Jovens e Adultos) de Tamarana, que estão matriculados no Colégio Estadual Professora Rina Maria de Jesus Francovig, à urna de votação.

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"Os resultados preliminares dessa consulta pública apresentaram uma vitória, na verdade, política da comunidade escolar de Londrina, já que o Governo do Estado acreditava que seria vitorioso na totalidade das instituições. Tivemos dois votos pela não-adoção ao modelo, que aconteceram no Colégio Estadual Professora Lucia Barros Lisboa e no Colégio Estadual Professora Rina Maria de Jesus Francovig", pontua.

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O resultado final da consulta pública tem sua divulgação prevista para a próxima terça-feira (5), conforme aponta a Seed (Secretaria de Estado da Educação).


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28 escolas de Londrina e região podem se tornar instituições cívico-militares após consulta
O Governo do Paraná iniciou, nesta terça-feira (28), uma consulta pública sobre a implementação do modelo cívico-militar em 127 escolas estaduais, localizadas em 56 municípios, para o ano letivo de 2024.


APELO

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Conforme ressalta Garcia, Londrina e cidades da Região Metropolitana tiveram influência de um apelo pela implementação do modelo cívico-militar, sobretudo após o ataque registrado no Colégio Estadual Helena Kolody, em Cambé, em junho deste ano. 


"A comunidade ainda acredita que as escolas cívico-militares vão servir para colocar ordem e segurança nas escolas, o que não está em conformidade com o projeto, vide os colégios que já operam nesse modelo", pondera.

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O professor Garcia aponta, ainda, que, em Londrina, não é possível dizer que a comunidade escolar está totalmente de acordo com a adoção do modelo cívico-militar nas instituições de ensino, uma vez que a diferença entre votos positivos e negativos foi considerada pequena em algumas escolas, como no Colégio Estadual Hugo Simas, que registrou uma diferença de nove votos.


CIDADES DA REGIÃO

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Na Região Metropolitana de Londrina, as instituições consultadas pela votação nas cidades de Cambé, Rolândia, Alvorada do Sul e Sertaneja tiveram aprovação do modelo cívico-militar. Em Cambé, o Colégio Estadual Helena Kolody foi um dos selecionados.


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Morre segunda vítima de ataque de ex-aluno em escola de Cambé
Morreu na madrugada desta terça-feira (20) Luan Augusto, de 16 anos. O adolescente foi baleado na cabeça durante o ataque ao colégio estadual Professora Helena Kolody, em Cambé na manhã de segunda-feira (19).


PRÓXIMOS PASSOS

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O diretor do APP-Sindicato Londrina explica que as escolas que tiveram o modelo cívico-militar aprovado deverão acompanhar as orientações da Seed para a implementação das mudanças para o ano letivo de 2024.


"O ensino noturno deve ser a principal mudança para as instituições que optaram pelo modelo. Isso porque a Resolução 7.919, de 2023, da Seed, diz que as escolas que optam pelo programa cívico-militar não ofertarão mais o ensino noturno e, consequentemente, a EJA. Além disso, os estudantes passarão a ter, em sua rotina escolar, a aula de cidadania e civismo", ressalta.

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IMPACTO NA EDUCAÇÃO


O APP-Sindicato (Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Paraná) se posiciona contra a implementação do modelo cívico-militar nas instituições de ensino. 


"Em primeiro lugar, é importante dizer que concordamos que há problemas nas escolas relacionados à indisciplina e desrespeito, até mesmo contra nós, professores. Porém, também precisamos concordar que os policiais militares foram preparados para lidar com situações de crime, enquanto os professores estudaram e continuam a estudar para lidar com os alunos", argumenta o professor Márcio André Ribeiro, presidente do APP-Sindicato Londrina.


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127 colégios do Paraná participam de consulta sobre modelo cívico-militar
A Secretaria de Estado da Educação promove nesta semana (terça-feira e quarta-feira) uma consulta pública em 127 escolas estaduais de ensino regular sobre mudança para o modelo cívico-militar para o ano letivo de 2024.


REVERSÃO DA DECISÃO


O professor Bruno Garcia ressalta que, mesmo após a divulgação final do resultado da consulta pública, é possível reverter as decisões. Segundo o diretor do APP-Sindicato, os deputados de oposição da AL (Assembleia Legislativa do Paraná) pediram uma liminar e o TJ-PR (Tribunal de Justiça do Paraná) informou que aguarda decisão do STF (Supremo Tribunal Federal).


"O STF vai julgar o programa, já que, para alguns, o modelo cívico-militar é considerado inconstitucional. Sabemos que, na esfera federal, o Governo já cortou o programa por entender que o modelo é totalmente ideológico", explica.


CENÁRIO PARANAENSE


No âmbito estadual, o Paraná passará a ter mais 82 colégios cívico-militares a partir do ano letivo de 2024. Outras 44 comunidades escolares optaram pela manutenção do programa tradicional. Uma consulta ainda está sendo realizada nesta quinta-feira (30) em Dois Vizinhos, no Sudoeste do Estado, por conta do feriado municipal nesta semana.


As escolas cívico-militares foram instituídas no Paraná em 2020. Atualmente são 194 colégios nesta modalidade e 12 do modelo do programa nacional que serão incorporadas pelo Estado em 2024. Com as novas unidades, serão 288 colégios nessa modalidade no próximo ano.


(Com informações da AEN - Agência Estadual de Notícias.)


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