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O que acontece?

Rua Sergipe, em Londrina, passa por onda de lojas fechadas

Edson Neves/NOSSODIA
12 abr 2018 às 07:47
- Reprodução
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Quem atravessa a rua Sergipe, no centro de Londrina, seja a pé ou em algum veículo, nota que o comércio no local já não é mais o mesmo de outros tempos. O consumidor que se acostumou a encontrar lojas sempre de portas abertas, hoje se depara com muitos locais fechados e com a famosa placa de "aluga-se". Na rua Sergipe, a partir da esquina com a rua Mato Grosso até a esquina com a rua Quintino Bocaiuva, são no mínimo 18 pontos fechados e outros três em reforma.

A reportagem conversou com alguns comerciantes para saber o que se passa com a famosa via de comércio londrinense. A quadra entre as ruas João Cândido e Pernambuco é dividida entre os comércios ativos e inativos. Dono de uma loja de roupas destinadas ao público infantil no local há 10 anos, Shigueru Kiy conta que o movimento começou recentemente. "No começo (o comércio) era bom. De uns dois anos para cá, o movimento começou a cair. A gente tá dando um desconto de até 50% em algumas peças mas ninguém está querendo comprar. O governo fala que está bom, mas só se for bom para os grandes", comenta.

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Outra comerciante no ramo do vestuário, Marli Carvalho mantém uma loja na rua Sergipe há 18 anos. Mesmo no calorão, ela disse que só liga o ar condicionado quando algum cliente entra no local, como forma de diminuir os gastos. Além disso, ela mostrou estar na bronca com a administração. "Os administradores, além de não serem comerciantes, são contra o comércio. Não tem nem mesmo uma indústria na cidade. O que vai movimentar o comércio?", questiona Marli, falando que o valor do aluguel também é um vilão na hora de se manter uma loja.

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A falta de locais de parada e o alto preço dos estacionamentos particulares também não passaram impunes. "Antigamente existiam aquelas baias, em que o pessoal parava por alguns minutos e que dava tempo de fazer suas compras. Hoje, você mal para o seu carro para alguém descer que o motorista de trás já buzina. Os preços dos estacionamentos são caros. Não tem um cliente que não chega na loja e me pergunta: ‘o que aconteceu com a Sergipe?’. As pessoas estão assustadas", conclui.


Fala, Acil
Além de comerciante – está há 31 anos no local e atualmente possui um restaurante na esquina com a Rua Pernambuco -, Angelo Pamplona é diretor comercial da Acil (Associação Comercial e Industrial de Londrina) e membro do grupo Nova Sergipe. Ele diz que o fechamento de lojas consideradas "âncoras" foi determinante para o atual situação da quadra. "Nós perdemos duas farmácias, uma loja de calçados e outra de tecidos que mantinham um fluxo grande de clientes, e quem substituiu não deu conta.

Vários proprietários baixaram o valor do aluguel para conseguir atrair novas lojas", afirma. Em relação ao Nova Sergipe, projeto que existe desde 2009, Pamplona destacou que o objetivo da entidade é de revitalizar a via, seja na parte física, visual ou de capacitação. No entanto, segundo ele, por falta de verba por parte da Prefeitura, apenas o último item está sendo realizado. "Estamos buscando fazer treinamentos com os empresários para melhorar o atendimento. Temos a palavra do prefeito (Marcelo Belinati) que com a entrada de recursos, parte será repassada para nós para darmos sequência ao projeto", completa.


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