O Paraná registrou aumento nos casos de mortes violentas intencionais (MVI) no ano passado. Foram 2.404 casos dessa natureza em 2021 e 2.595, em 2022 - o que inclui homicídio doloso, latrocínio, lesão corporal seguida de morte e intervenção policial e morte de policiais. A taxa de mortes passou de 21,2 para cada 100 mil habitantes para 22,7. Os dados são do Anuário Brasileiro de Segurança Pública 2023, do FBSP (Fórum Brasileiro de Segurança Pública), e foram divulgados nesta quinta-feira (20).
O Paraná ainda aparece com três cidades entre as 50 mais violentas do país com população acima de 100 mil habitantes. Paranaguá (34°), Almirante Tamandaré (44°) e Campo Largo (46°) estão na lista, que leva em conta as MVIs.
No Brasil, o levantamento indica uma redução de 2,4% nessas mortes, saindo de uma taxa de 24 para cada 100 mil habitantes para 23,4. A quantidade caiu de 48.431 em 2021, para 47.508 em 2022 - o menor número em 12 anos.
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O professor Cezar Bueno de Lima, da PUC-PR (Pontifícia Universidade Católica do Paraná), ressalta que, mesmo com a queda a nível nacional das mortes, trata-se de “um número absolutamente inaceitável”.
“Embora o Brasil tenha diminuído e o Paraná tenha crescido, eu diria que o processo de militarização e armamento da sociedade tende a, cada vez mais, muitos conflitos resultarem em mortes”, apontando que parte pode ser atribuída ao crime organizado e parte aos civis armados “que poderiam resolver seus conflitos sem morte”.
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