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Londrina

Funcionários relatam truculência da PM dentro de estabelecimentos da rua Paranaguá

Luís Fernando Wiltemburg - Grupo Folha de Londrina
25 nov 2022 às 18:15

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- Reprodução
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Um dos bares da rua Paranaguá, região Central de Londrina, o Oloo Bar, foi palco de confusão envolvendo a Polícia Militar, na noite de quinta-feira (24), durante as comemorações pela vitória do jogo do Brasil contra a Sérvia. Um dos funcionários relata que houve ação truculenta da PM no interior do estabelecimento. A ação foi gravada - entretanto, a pedidos dos responsáveis, o conteúdo não será publicado na reportagem. 


PM e GM usam balas de borracha para esvaziar rua Paranaguá após vitória do Brasil

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O estabelecimento tem doze funcionários, mas pelo menos três não conseguirão trabalhar nesta sexta-feira (25) devido à atuação de gás pimenta nos organismos. 


Mateus Maluf, um dos funcionários, conta que, após a partida em que o Brasil bateu a Sérvia por 2 a 0 na Copa do Catar, o estabelecimento, que tem entrada de clientes restrita, iniciou uma apresentação de um grupo de pagode, que se estendeu até por volta das 21h45. 

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Ao fim do show, conta, policiais militares já se posicionaram nos arredores e, às 22h, foram até o estabelecimento para determinar silêncio para o estabelecimento que mantinha caixas de som ambiente em funcionamento. “Nós os recebemos para conversar, mas acabou virando aquela confusão. Ninguém os agrediu, ninguém desacatou. Eles começaram a brigar porque estavam sendo filmados. Foi quando algemaram e jogaram um dos sócios no chão, espirraram gás nos olhos dele e depois o levaram detido”, afirma.


No BO (Boletim de Ocorrência) divulgado pela manhã, a PM disse que o proprietário do bar se negou a desligar o som e que foi detido por desobediência e desacato.

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Entretanto, segundo Maluf, os policiais chegaram puxando os cabos de alimentação dos aparelhos e sim e a confusão que se seguiu, dentro do bar, ocorreu porque eles não gostaram de ser gravados.


Em um vídeo que registra imagens dos policiais de costas, um agente da Rotam (Rondas Ostensivas Tático Móvel) afasta uma pessoa na porta do estabelecimento com o cassetete. Em seguida, uma mulher o acusa de agressividade e ameaça. Uma roda se forma ao redor dos policiais e um dos sócios do estabelecimento começa a filmar a conversa. Neste momento, o policial militar toma o aparelho de sua mão e o entrega para outra pessoa, na sequência, começam as agressões aos frequentadores e funcionários com o gás de pimenta.

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Após a confusão no bar, os agentes de segurança seguiram para uma loja de conveniências, localizada em um dos lados opostos. No local, também houve agressões a funcionários e a pessoas que estavam na fila de pagamento, conforme relatos de funcionários e consumidores. Foi a partir daí que a PM e a GM avançaram sobre torcedores que se concentravam mais adiante, nos estabelecimentos mais próximos do cruzamento da Paranaguá com a Rua Pará.


“Eles vieram com uma força desnecessária, com várias viaturas, atirando [com balas de borracha] e jogando spray em todo mundo”, aponta. “E nós nunca vemos uma viatura deles para prevenir, só para reprimir. Não havia viatura coordenando o trânsito e a permanência das pessoas nas ruas”, diz Maluf.


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