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Estar em campo e não poder jogar

15 mai 2003 às 17:25
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Olá, amigos do esporte! Vou pegar um exemplo isolado, mas pode acontecer em qualquer campo, com qualquer time que tenha um bom jogador e que centralize as ações da equipe. Este caso aconteceu domingo, no Mangueirão, na partida entre o ''papão'' Paysandu e o Fluminense.

O time carioca recebeu 30 faltas durante toda a partida, até aí nada de mais. No entanto, 16 dessas faltas, mais da metade, foram feitas sobre um mesmo jogador, o jovem meio-de-campo Carlos Alberto, que brilhou na seleção brasileira sub-20 no Sul-Americano da categoria. Além das faltas vistas e marcadas pela arbitragem, como vocês devem ter acompanhado pela televisão, o jogador também levou um tapa do zagueiro Jorginho, não visto, mas que pode resultar em punição pelo TJD com aproveitamento das imagens.

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O número de faltas cometidas pelo Paysandu é alto, mas não surpreende. Segundo o levantamento semanal da Folha de S. Paulo, o Paraná Clube é o time mais faltoso, com a média de 34,8 por partida. O que mais recebe faltas neste Brasileirão é, ainda segundo o Data Folha, o Vasco, com 31,4 a cada partida. Pois bem, então o número de faltas feitas pelo ''Papão'' está na média, o que pode ser aceitável, embora não menos condenável. O que assusta é realmente o que sofreu o meia Carlos Alberto e suas preciosas canelas.

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Carlos Alberto, que é o segundo maior driblador do Brasileirão, com 7,3 fintas por partida, só perdendo para Gil, do Corinthians (8 dribles a cada jogo), simplesmente está sendo impedido de jogar. Para deixar mais claro que é extremamente grave que um jogador receba 16 faltas em uma mesma partida, vamos fazer nova comparação com Gil, o maior driblador. O jogador do Corinthians recebe ''apenas'' 6,6 faltas por jogo, cerca de 40% do que recebeu o jogador do Fluminense.

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Sei que estou afogando os leitores em números, mas não tem jeito, aí vão mais alguns. Todos sabem que alguns jogadores centralizam as ações de seus times, mas estes nem sempre são os que mais recebem faltas. O que mais recebe bolas em todo o Brasileirão é Marquinhos, do Atlético Mineiro, com a média de 51,6 nos 90 minutos de uma partida. Kléberson, do Atlético Paranaense, está em quarto lugar, com 46,3 vezes que a bola passa pelos seus pés. Não consta a estatística sobre Carlos Alberto, mas vamos imaginar que ele estivesse em quinto lugar, recebendo 45 bolas por partida. A cada 2,81 vezes que ele tocasse na bola receberia uma falta.


Como um jogador desses ''sobrevive'' nesta selva que está se transformando o futebol? É de se admirar que não tenha tido ainda uma contusão grave. Enquanto isso, os árbitros arrotam arrogância e protegem os violentos quando deveriam resguardar a integridade dos craques, dos habilidosos. Em tempo, o jogo entre Paysandu e Fluminense teve três expulsões, duas do time do Pará.



Alturas - Neste dia 14 de maio, fez oito anos que Mozart Catão e Waldemar Niclevicz conquistaram o Everest e abriram a bandeira brasileira no lugar mais alto do mundo.

Diferenças - O Cruzeiro, líder do Brasileirão, tem 20 pontos e 25 gols marcados em oito jogos. Abaixo dele, os times que fizeram mais gols, Corinthians, São Paulo e Goiás, marcaram 18 vezes. O Goiás tem apenas seis pontos e está na 23.ª colocação.


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