Em Londrina, o Ministério Público do Paraná expediu oito recomendações administrativas voltadas a coibir doações indevidas de imóveis do Município a particulares. Os documentos foram dirigidos a oito empresários que seriam beneficiados com terrenos cedidos pela gestão municipal, em prejuízo ao erário estimado em cerca de R$ 19 milhões, segundo avaliação do Gepatria (Grupo Especializado na Proteção ao Patrimônio Público e no Combate à Improbidade Administrativa ) e da 26º Promotoria de Justiça.
O Ministério Público sustenta que as doações favorecem indevidamente empresas de forma arbitrária, em detrimento de outras que, em igualdade de condições, poderiam também concorrer para receber imóveis doados pela municipalidade.
Leia mais:
'Tenham orgulho da sua cidade', afirma Tiago Amaral, prefeito eleito de Londrina
Aniversário de Londrina terá atrações culturais; confira a programação
Da tradição do café ao cinema: os ciclos da economia de Londrina
Representantes do poder público e sociedade civil projetam futuro de Londrina
Nas recomendações, o promotor Renato de Lima Castro orienta os empresários para que se abstenham “da prática de qualquer ato jurídico relacionado ao recebimento da doação de bem imóvel público do município de Londrina, sob pena de concorrer, dolosamente, para a prática do ato de improbidade administrativa que causa prejuízo ao erário”. Foi concedido o prazo de dez dias para uma resposta dos destinatários.
No início do mês, o Gepatria já havia enviado ao prefeito e ao presidente da Câmara Municipal recomendação similar, buscando vetar e/ou arquivar projetos de lei que autorizavam as doações.
O Executivo pediu novo prazo para responder, o Legislativo comunicou a recomendação aos vereadores e anexou o documento aos projetos de lei ainda em tramitação. Os projetos já aprovados ainda não foram sancionados pelo prefeito.