A Sesp (Secretaria de Segurança Pública) do Paraná informou, no fim da tarde desta quarta-feira (21), a prisão de uma terceira pessoa suspeita de envolvimento no ataque à Escola Estadual Helena Kolody, em Cambé (Região Metropolitana de Londrina), na segunda-feira (19). O homem, de 18 anos, foi capturado em Gravatá, no interior de Pernambuco, no Nordeste do Brasil.
Ele foi detido em cumprimento de mandado de prisão solicitado pela PCPR (Polícia Civil do Paraná) e contou com auxílio de policiais daquele estado. As investigações da Polícia Judiciária paranaense sobre este caso seguem em andamento.
Segundo informações da Polícia Civil de Pernambuco, o homem foi capturado no interior da residência e não ofereceu resistência. Durante as buscas, foram apreendidos um capacete tático de Airsoft, óculos táticos, um aparelho celular e um notebook.
Um segundo suspeito permanece na Casa de Custódia de Londrina desde a noite de segunda-feira por possível envolvimento no caso. Entretanto, Marcelo Gaya, advogado do autor dos disparos, disse que o rapaz teria lhe confirmado que teve ajuda na “mentoria” do plano de ataque na escola, mas não do homem detido no mesmo dia do ataque.
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A Sesp não confirmou se seria esta terceira pessoa. Informou que detalhes da investigação só serão fornecidos depois do inquérito.
O atirador morreu por enforcamento na Casa de Custódia, conforme apurou a FOLHA e confirmou o advogado, no mesmo recinto em que estava detido com o segundo suspeito. Mesmo após a necrópsia, o IML (Instituto Médico Legal) informou que o caso será tratado exclusivamente pela Sesp, que não confirmou a causa do óbito. “Durante a conversa que tive com ele [autor dos disparos] na tarde de ontem [terça], ele me disse algo como ‘não era para eu estar aqui’. Mas, conversou normal, disse que estava tendo alucinações e que estava sem medicamento, pediu para que a família providenciasse ajuda médica. Ele também perguntou dos pais e se mostrou arrependido, [disse ainda] que sofreu muito com o bullying, o que motivou [o ato dele]”, disse o advogado.
Na segunda-feira, em entrevista coletiva, o secretário de Segurança Pública do Paraná, Hudson Leôncio Teixeira, afirmou que o atirador pretendia fazer o maior número de vítimas e tirar a própria vida na chegada dos policiais – ele foi imobilizado por Joel de Oliveira, o que impediu mais mortes na tragédia.
Velado em Rolândia
O autor dos disparos que vitimaram os adolescentes Karoline Verri Alves e Luan Augusto da Silva foi velado após o almoço desta quarta-feira em Rolândia, cidade de sua família, e enterrado no fim da tarde. No mesmo dia, Luan foi velado e sepultado em Cambé.
Segundo Marcelo Gaya, os pais do autor dos disparos estavam muito consternados e temem represálias, tanto que pretendem se mudar de Rolândia, onde são agricultores. “São pessoas muito simples e ele era o único filho. Eles não estavam acreditando no que aconteceu”, afirmou.
(Atualizado às 19h44)